Forza, “acessibilidade” e vergonha alheia

Ontem tivemos a edição anual do The Game Awards, o “Oscar dos games”, que foi surpreendentemente divertida de assistir – sem dúvida uma das melhores versões do evento desde que ele começou em 2014, das cinzas do (muito pior) Video Game Awards anterior, organizado e apresentado pelo finado canal de TV Spike.

Porém, não resolvi vir escrever aqui por causa da expressiva (e merecida, da minha parte) dominação de Baldur’s Gate III, pela surpresa de ver Alan Wake II ganhar três dos maiores prêmios (Direção de Arte, Direção de Jogo e Narrativa), ou mesmo pelos diversos anúncios empolgantes, que foram desde um novo jogo de terror do Kojima, OD, até Monster Hunter Wilds e a SEGA confirmando o desenvolvimento de novas versões modernas para nada menos que cinco franquias clássicas dela (Jet Set Radio, Shinobi, Crazy Taxi, Golden Axe e Streets of Rage).

Isso tudo será bem melhor coberto e comentado em diversos sites, blogs e canais de YouTube por aí. Não, o que eu quero destacar é algo que talvez o público mainstream não perceba: como a imprensa de videogames protagonizou uma vergonha alheia xigante ao premiar Forza Motorsport – o “reboot” de 2023 – em duas categorias às quais talvez não devesse nem ser indicado, muito menos vencer.

Continuar lendo